terça-feira, 2 de junho de 2009

AGROPECUÁRIA


Resumo: neste capítulo será mostrado qual a relação entre a cidade e o campo através da agricultura, também como os sistemas agrícolas são classificados e, quais são as diversas formas de agricultura no mundo.

As relações entre cidade e campo

A produção agrícola é obtida em condições bem diversificadas no mundo. Os países desenvolvidos e industrializados interferiram a produção agrícola por modernizar as técnicas empregadas, utilizando cada vez menos mão-de-obra. Nos países subdesenvolvidos, foram principalmente as regiões agrícolas que abastecem o mercado externo que passaram por modernização na técnica de cultivo e colheita. Mas, houve o êxodo rural acelerado, que contribuiu para o aumento nas periferias das grandes cidades.

O planeta apresenta países e regiões onde os sistemas de transporte e comunicações estão plenamente materializados em redes ou sistemas de transportes que lhes permite parte para uma política agrícola e industrial de especialização produtiva. As regiões ricas e modernizadas produzem apenas o que lhe é mais conveniente, garantindo maiores taxas de lucros, e buscam em outras regiões o que não produzem internamente. Essa realidade intensificou o comercio mundial. Mas, por outro lado, as regiões tecnicamente atrasadas se vêem obrigadas a consumir basicamente o que produzem e são bem sensíveis aos rigorosos impostos pelas condições naturais.

Nos países em que predominam o trabalho agrícola, utilizando mão-de-obra urbana e rural, o Estado assume importância fundamental no combate a fome.

As políticas modernas de reforma agrária visam a integração dos trabalhadores agrícolas e dos pequenos e médios proprietários nas modernas técnicas de produção. Trata-se de reformas a estrutura fundiária e as relações de trabalho, buscando o estabelecimento de prioridades na produção.

Existe atualmente, uma tendência a entrada do capital agroindustrial no campo, tanto nos setores voltados ao mercado externo quanto ao mercado interno. Assim, a produção agrícola tradicional tende a se especializar para produzir a matéria-prima utilizada pela agroindústria.

Já é passado o tempo em que a economia rural comandava as atividades urbanas. O que se verifica hoje, é a subordinação do campo a cidade, uma dependência cada vez maior das atividades agrícolas as maquinas, agrotóxicas e tecnológica.

Os sistemas agrícolas

Os sistemas agrícolas podem ser classificados como intensivos ou extensivos. Essa classificação está ao grau de capitalização e ao índice de produtividade. As propriedades que, através da utilização de modernas técnicas de preparo do solo, cultivo e colheita, apresentam altos índices de produtividades e conseguem explorar a terra por um bom período, praticam agricultura intensiva. Já as propriedades que utilizam a agricultura tradicional, apresentando baixos índices de produtividade, praticam a agricultura extensiva.

A agricultura itinerante

Esse tipo de sistema agrícola é aplicado em regiões onde a agricultura é descapitalizada. A produção é obtida em pequenas e medias propriedades ou em parcelas de grande latifúndio, com utilizações de mão-de-obra familiar e técnicas tradicionais. Por falta de recursos, não há preocupação com a conservação do solo, as sementes são de qualidade inferior e não há investimentos em fertilizantes, por isso, a rentabilidade e, as produções são baixas. Depois de alguns anos de cultivo, há uma diminuição da fertilidade natural do solo. Quando percebem que o rendimento está diminuindo, a família desmata uma área próxima e pratica queimada para acelerar o plantio, dando inicio a degradação acelerada de uma nova área, que em breve também será abandonada. Daí o nome da agricultura itinerante.

Em algumas regiões do planeta, a agricultura de subsistência, itinerante e roça, está voltadas as necessidades de consumo alimentar dos próprios agricultores. Tal realidade ainda existe em boa parte dos países africanos, em regiões do Sul e Sudeste Asiáticos e na América Latina, mas tem prevalecido hoje é uma agricultura de subsistência voltada ao comercio urbano.

O agricultor e sua família cultivam um produto que será vendido na cidade mais próxima, mas o dinheiro que recebem só será suficiente para garantir a subsistência de cultivo e aumentar a produtividade.

Esse tipo de agricultura é comum em áreas distantes dos centros urbanos, onde a terra é mais barata; predominam as pequenas propriedades, cultivadas em parceria.

Agricultura de jardinagem

Essa expressão tem origem no Sul e no Sudeste da Ásia, onde há uma enorme produção de arroz em planícies inundáveis, com a utilização de mão-de-obra.

Tal como a agricultura de subsistência, esse sistema é praticado em pequenas e medias propriedades cultivadas pelo dono da terra e sua família. A diferença é que nelas se obtém alta produtividade, através do selecionamento de sementes, da utilização de fertilizantes e de técnicas de preservação do solo que permitem a fixação da família na propriedade por tempo indeterminado. Em países como as Filipinas, a Tailândia, devido a elevada densidade demográfica, as famílias obtém áreas muitas vezes inferiores a um hectare e as condições de vida são bem precárias.

Em países em que fizeram reforma agrária, Japão e Taiwan, após a comercialização da produção e a realização de investimentos para a nova safra, há um excedente de capital que permite melhor, a cada ano, as condições de trabalho e a qualidade de vida da família. Na China, desde que foram extintas as comunas populares, houve um significativo aumento da produtividade. Devido a grande população, o excedente a modernização da produção agrícola foi substituída pela utilização de enormes contingentes de mão-de-obra. Em algumas províncias, porém, está havendo um processo de modernização, impulsionando pela expansão de propriedades particulares e da capitalização proporcionada pela abertura econômica a parti de 1978. Sua produção é essencialmente voltada para abastecer o mercado interno.

As empresas agrícolas

São as responsáveis pelo desenvolvimento do sistema agrícola dos países desenvolvidos. Nesses sistemas, a produção é obtida em medias e grandes propriedades altamente capitalizadas. A produtividade é bem alta devido ao selecionamento de sementes, uso intensivo de fertilizantes, elevado de mecanização no preparo do solo, no plantio e na colheita, utilização de silos de armazenagem, sistemático de todas as etapas da produção e comercialização por técnicas. Funciona como uma empresa e sua produção são voltadas ao abastecimento tanto do mercado interno como o externo. Nas regiões onde se implantou esse sistema agrícola, há uma tendência a concentração de terras.

Plantation

É a propriedade monocultura, com produção de gêneros tropicais, voltadas para a exportação. Esse sistema agrícola foi amplamente utilizado durante a colonização européia na América.

Na atualidade, esse sistema persiste em várias regiões do mundo subdesenvolvido, utilizando, além de mão-de-obra assalariada, trabalho semi-escravo ou escravo, que não envolve pagamento de salário. Trabalha em troca de moradia e alimentação. No Brasil, encontramos plantation em várias partes de territórios, com destaque para as áreas onde se cultivam café e cana-de-açúcar.

Próximo das platations sempre se instalam pequenas e medias propriedades policulturas, cuja produção alimentar abastecer os centros urbanos próximos.

Cinturão Verde e Bacias leiteiras

Ao redor dos centros urbanos, pratica a agricultura e pecuária intensiva para atender as necessidades de consumo da população local. Nessas áreas, produzem-se hortifrutigranjeiros e cria-se gado para a produção de leite e laticínios em pequenas e medias propriedades, com predomínio da utilização de mão-de-obra familiar. Após a comercialização da produção, o excedente obtido é aplicado na modernização das técnicas.

A agropecuária em países desenvolvidos

A agricultura e a pecuária, no geral, são praticados de forma intensiva, com grande utilização de agrotóxicos, fertilizantes, técnicas aprimoradas de correção e conservação dos solos e elevados índices de mecanização agrícola. Por isso, a mão-de-obra no setor primária da economia é bem pequena.

Nesses países, além do enorme índice de produtividade, obtém-se um enorme volume de produção que abastece o mercado interno e é responsável por grande parcela do volume de produtos agropecuárias que circulam o mercado mundial. Uma quebra na safra de qualquer produto cultivado nos Estados Unidos ou na Europa tem reflexos imediatos no comércios mundial e na cotação dos produtos agrícolas.

Agropecuária em países subdesenvolvidos

Tanto nos países subdesenvolvidos cuja base da economia é rural , como nas regiões pobres dos países subdesenvolvidos que se industrializaram, há um amplo predomínio da agricultura de subsistência, que ocupa os piores solos, e do sistema de plantation, área de solos melhores. Essa situação é uma herança histórica do período em que esses países foram colônias.

O setor primário constitui a base da economia nesses países. O percentual da população economicamente ativa que trabalha no setor primário é sempre superior a 25%, ou até muito mais, como a Etiópia, 77% da população ativa é agrícola. É comum vigorar uma política agrícola que priorize a produção voltada ao abastecimento do mercado externo, mais lucrativo.


Fonte: http://www.juliobattisti.com.br/tutoriais/arlindojunior/geografia029.asp

Caracterização e Tipologias do Turismo no Espaço Rural

O meio rural brasileiro passou por diversas transformações nas últimas décadas, contribuindo para que ele não possa mais ser considerado como essencialmente agrícola. A identificação do rural com o agrícola perdeu o sentido quando muitas atividades tipicamente urbanas passaram a ser desenvolvidas no meio rural, geralmente em complemento às atividades agrícolas. (SILVA e CAMPANHOLA, 1999).

As atividades não-agrícolas cada vez mais se constituem em formas alternativas e/ou complementares de geração de renda no meio rural. Entre elas se destacam também atividades ligadas ao lazer e ao turismo. Ainda que não seja possível quantificar a importância econômica dessas atividades, SILVA e CAMPANHOLA (1999) mostram que pesquisas realizadas pelo IBGE indicam que existem quase 250 mil pessoas residindo em áreas rurais no país e se ocupando de atividades de comercio e prestação de serviços.

O turismo rural pode representar uma nova forma de ocupação da mão-de-obra e maior remuneração em relação ás atividades tradicionais, além de poder proporcionar aumento na qualidade de vida das famílias e também maior estabilidade econômica na propriedade rural.

Para SILVA & CAMPANROLA:

“o turismo no meio rural deve ser uma atividade essencialmente difusa, diretamente relacionada com aspectos ambientais, e com especificidades inerentes a cada local Nesse sentido, as estratégias devem se basear em economias de ‘gama ‘ao invés de economias de escala, pois a idéia não é maximizar o número de turistas, mais ampliar as ocasiões de gastos dos turistas. “(1999:12)

Assim, pode-se dizer que, o turismo rural é uma alternativa para o desenvolvimento local, no que se refere ao aproveitamento das especificidades de cada território e ao pleno aproveitamento das suas potencialidades e oportunidades.

Esse setor turístico constitui-se numa forma de valorização do território, pois ao mesmo tempo em que depende da gestão do espaço local e rural para o seu sucesso, conduz a que se tenha a proteção do meio ambiente e a conservação do patrimônio natural, histórico e cultural do meio rural. Constitui-se, assim, num instrumento de estímulo à gestão e ao uso sustentável do espaço local, que devem beneficiar, principalmente, a população local direta ou indiretamente envolvida com as atividades turísticas. (SILVA, VILARINHO, DALE, 2001:22)

O fenômeno turismo Rural é novo e emergente no cenário rural, englobando um conjunto de atividades tão diversas que se toma difícil abrangê-lo em definições que não sejam polêmicas. Contudo, se evidencia no meio rural uma atividade econômica que se distingue da atividade agrícola tradicional, O debate surge da própria indefinição da categoria do espaço rural, da inclusão e exclusão das atividades lúdicas, e vinculação ou não-vinculação com as atividades agrícolas. (RUCHEVIANN, 2001)

A literatura aponta uma grande diversidade de conceitos de turismo rural, que de certo modo traduzem as suas diferentes possibilidades. De acordo com Oxinalde (1994) apud Silva, Vilarinho e Dale (2001), a dificuldade com as definições estende-se (também) às palavras turismo e rural bastante ambígua. Segundo ele, o turismo rural engloba modalidades de turismo (listadas a seguir), que não se excluem e que se complementam, de forma tal que o turismo no espaço rural é a soma de ecoturismo, turismo cultural, turismo esportivo, agroturismo, turismo de aventura. Dessa maneira, pode-se dizer que seria mais apropriado referir-se á totalidade dos movimentos turísticos que se desenvolvem no meio rural com a expressão turismo no espaço rural ou em áreas rurais. Alguns autores reservam a de “turismo rural” para aquelas atividades que, em maior medida, identificam-se com as especificidades da vida rural, seu habitat, sua economia e sua cultura.

A partir de autores que estudam os problemas de definições de turismo rural, (Calatrava e Ruiz, 1993 apud Silva, Vilarinho e Dale, 2001) apontam duas tendências, da literatura dedicadas ao tema. Na primeira, o critério diferenciador baseia-se nos elementos que compõem a oferta, falando dessa atividade quando a cultura rural é um elemento importante e aplicando denominações específicas, como agroturismo, turismo verde, eqüestre e de caça, para indicar o caráter prioritário do componente ofertado. Na segunda, o critério diferenciador seria a distribuição dos rendimentos gerados pelas atividades turísticas, que é recebida pela comunidade rural ou pelos agricultores.

Para tanto, podemos conceituar o agroturismo, uma das modalidades mais relacionadas ao turismo no meio rural, como sendo (Silva et al., citado por Silva e

Campanhola):

atividades internas à propriedade, que geram ocupações complementares às atividades agrícolas, as quais continuam afazer parte do cotidiano da propriedade, em menor ou maior intensidade. Devem ser entendidas como parte de um processo de agregação de serviços aos produtos agrícolas e bens não-materiais existentes nas propriedades rurais a partir do ‘tempo livre’ das famílias agrícolas, com eventuais com frações de mão-de-obra externa. São exemplos de atividades associadas ao agroturismo: a fazenda-hotel, o pesque-pague, a fazenda de caça,a pousada, o restaurante típico, as vendas diretas do produtor, o artesanato, a industrialização caseira e outras atividades de lazer associadas à recuperação de um estilo de vida dos moradores do campo (1999: 4).

Em decorrência, essa modalidade de turismo no meio rural visa à valorização ambiental e do produto rural regional, que ao contrário do êxodo rural leva as pessoas ao campo com novas propostas de trabalho, e procura manter o agricultor no campo.

Do conjunto de atividades que podemos incluir como turismo no espaço rural, o segmento específico que mais cresceu foi o ecoturismo, que procura fomentar a sustentabilidade e a preservação do meio ambiente natural. (DIAS, 2003:103).

O ecoturismo é hoje uma atividade muito procurada pelos habitantes urbanos para se recuperarem do dia-a-dia estressante das grandes cidades. Por essa razão, constitui-se em um dos mais dinâmicos mercados emergentes de nosso país.

Para Silva & Campanhola, o instituto de Ecoturismo do Brasil descreve o ecoturismo como sendo:

“a prática de turismo de lazer, esportivo ou educacional, em áreas naturais, que se utiliza deforma sustentável dos patrimônios natura! E cultural, incentiva a sua conservação, promove a formação de consciência ambientalista e garante o bem estar das populações envolvidas” (1999:5).

Na maioria dos casos, o ecoturismo tende a gerar pouca rende para a população rural. Muitas vezes, as viagens são programadas por agências urbanas, que se utilizam de guias também urbanos, fazendo o fornecimento de alimentação e pernoites se dêem nas cidades próximas as áreas rurais, deixando pouca, ou quase nenhuma receita dentro das propriedades rurais. (DIAS, 2003:104).

Mesmo assim, a população rural pode se beneficiar indiretamente com: a melhoria da infra-estrutura e dos serviços públicos, com o aumento do número de indústrias e de estabelecimentos comerciais com demanda para produtos para consumo imediato, com a recuperação do patrimônio histórico e cultural, e com a recuperação das áreas degradadas e das florestas nativas. (DIAS, 2003:104).

Em suma, Almeida & Blos, (1997) apud Silva & Campanhola explicam:

“o que distingue efetivamente a oferta turística no turismo rural é a preocupação de permitir ao visitante um contato personalizado, uma inserção no meio rural físico e humano, bem como, na medida do possível, uma participação nas atividades, costumes e modo de vida dos habitantes”. (1 999:12)

Portanto, a expressão turismo rural é empregada muitas vezes no sentido genérico como o conjunto de atividades que se desenvolvem no meio rural, tendo como objetivos proporcionar, ao produtor rural, a complementação da renda, e ao visitante o descanso, o contato com os valores culturais e patrimoniais tradicionais, ou até a prática do lazer num âmbito diferente da cidade.

É mesmo considerando as dificuldades de padronização conceituais já instaladas, optamos pela utilização de “turismo no espaço rural”, que consiste de atividades de lazer realizadas no meio rural e que abrange as várias terminologias, relacionadas ou não com as atividades agrícolas.

Fonte: http://www.eumed.net/libros/2006c/194/1a.htm

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Revolução Verde

O que foi?

Revolução verde refere-se à invenção e disseminação de novas sementes e práticas agrícolas que permitiram um vasto aumento na produção agrícola em países menos desenvolvidos durante as décadas de 60 e 70. O modelo se baseia na intensiva utilização de sementes melhoradas (particularmente sementes híbridas), insumos industriais (fertilizantes e agrotóxicos), mecanização e diminuição do custo de manejo. Também são creditados à revolução verde o uso extensivo de tecnologia no plantio, na irrigação e na colheita, assim como no Gerenciamento de produção.

Qual era o seu alvo?

pesquisadores de países industrializados prometiam, através de um conjunto de técnicas, aumentar estrondosamente as produtividades agrícolas e resolver o problema da fome nos países em desenvolvimento.

Consequências:

além de não resolver o problema da fome, aumentou a concentração fundiária, a dependência de sementes modificadas e alterou significamente a cultura dos pequenos proprietários. A introdução destas técnicas em países menos desenvolvidos provocou um aumento brutal na produção agrícola de países não-industrializados. Países como o Brasil e a India foram alguns dos principais beneficiados na produção, mas também mais prejudicados ambientalmente e culturalmente, pois muitas técnicas agrícolas que harmonizavam com a produção de alimentos, foram tratadas como "atraso", e em busca da modernidade, efetuou-se um caso clássico de modernização conservadora, onde, em benefício de poucos se destruiu o patrimônio de todos.

Vale salientarmos que, em contrapartida ao aumento na produtividade gerados pela Revolução Verde, observou-se nos países subdesenvolvidos o aumento da estrutura latifundiária, uma vez que os pequenos agricultores não conseguiram financiar os gastos necessários para acompanhar a Revolução. Também criou-se uma dependência tecnólogica dos países subdesenvolvidos para com os desenvolvidos, além de muita poluição sobretudo causada pelo pesticida DDT, mas também na indústria de fertilizantes. Alguns críticos tem teses de que a Revolução Verde causou grandes impactos ambientais, como destruição de alguns nutrientes do solo pelos adubos usados em excesso, e até a poluição de rios: alguns fertilizantes escoam para os recursos hídricos, geralmente próximos,e isso faz-se propositalmente para ajudar na irrigação Uma correção: os processos produtivos oriundos da revolução nunca obtiveram redução nos custos de produção. Antes deste processo de corrosão da agricultura camponesa, a produção baseava-se em insumos internos, e obtiam boa produtividade em solos bem manejados. A utilização de insumos externos (fertilizantes, biocidas) comprados a preços altíssimos, não só aumentou os custos de produção como o deixou extremamente endividado.

Fonte: http://www.fcav.unesp.br/download/deptos/biologia/durvalina/TEXTO-86.pdf, acesso em 14/05/2009

quarta-feira, 6 de maio de 2009

O Espaço Rural

Olá querido alunos,

mais uma etapa dos nossos estudos se iniciam e pra isso vamos falar sobre a questão do Espaço Rural.

Abraços


O Espaço Rural

O meio rural compreende o espaço que não é urbano, portanto diferencia as suas atividades produtivas. Tradicionalmente as atividades rurais são basicamente Agricultura (cultivo de vegetais como: milho, arroz, feijão, trigo, soja, hortaliças, frutas e etc.) e Pecuária (Produção pastoril ou não, de bovinos, suínos, caprinos, ovinos etc.).

Embora atualmente outras atividades, principalmente no ramo turístico, hotéis fazenda, Spas, clínicas de recuperação entre outras, tem modificado a configuração da utilização do espaço agrário.

Hoje, no Brasil, a ocupação da terra na atividade agropecuária está dividida da seguinte forma: 71,1% terras ainda não aproveitadas economicamente, 21% pastagens e 5,9% lavoura.

O espaço agrário é dividido em glebas de terras, que seriam as propriedades rurais, e essas podem variar de tamanho, no Brasil existe a estrutura fundiária (forma como estão distribuídas as propriedades rurais conforme o tamanho).

Na configuração fundiária brasileira as propriedades rurais estão classificadas em:

Minifúndio: São pequenas propriedades rurais, inferior a 50 hectares.

Latifúndio: São grandes propriedades rurais, superior a 600 hectares.


As desigualdades na distribuição de terras é um problema extremamente polêmico, que apresenta constantemente a necessidade de reforma agrária.
Mas o que é reforma agrária? De maneira simplificada é a redistribuição mais justa da terra.

Relação de trabalho no campo


Pequenos proprietários: Trabalhadores de base familiar, com pouca ou nenhuma utilização de tecnologias.

Parceria: é uma espécie de “sociedade” onde um entra com o trabalho e o outro cede parte de sua terra, o lucro é dividido conforme acordo pré-estabelecido.

Arrendatários: São produtores rurais que pagam para utilizar a terra, como se fosse um “aluguel” da terra, nesse período ele poderá utilizá-la na agricultura ou pecuária.

Assalariado Permanente: São trabalhadores rurais que recebem salários permanentes, são amparados por todos direitos trabalhistas estipulados nas leis brasileiras.

Assalariado temporário ou sazonal: São trabalhadores que recebem salários, mas o seu trabalho é realizado em apenas uma parte do ano, um exemplo disso são os períodos de colheita.

http://www.alunosonline.com.br/geografia/o-espaco-rural/ , acessado em 05/05/09.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Olá pessoal,

Os exercícios da
página 157 número 8
página 161 nº 22 e 23
página 514 de 1 a 7
possuem respostas no final do livro.
É só vcs conferirem as respostas e caso tenham alguma dúvida é só entrar em contato ok?!!


Estudem....

Resolução dos exercícios propostos. 1 ano

Exercícios pág. 115

6) O que é inversão térmica? Por que esses fenômeno agrava o problema da poluição em áreas urbanas?

É uma fenômeno natural que ocorre geralmente nas primeiras horas da manhã. Consite na inversão das camadas na atmosfera: o ar frio fica abaixo e o ar quente, acima. Ao ocorrer em centros urbanos, impedindo s circulação atmosférica vertical, dificulta a dispersão do ar frio carregado de poluentes que está relativamente próximo do solo, agravando o problema da poluição.

7) Defina Ilha de calor e efeito estufa.

Ilha de calor ou ilha urbana de calor: é um fenõmeno típico das grandes metrópoles, devido ao elevado índice de edificações e de impermeabilização do solo, particularmente nas zonas centrais, o que causa maior irradiação de calor, que eleva a temperaturas. OU seja ela é local.

Efeito estufa: é um fenômeno natural, porém, ao que tudo indica, é causado pela elevação do índice de alguns gases na atmosfera, como o dióxido de carbono, e o metano, que têm a propriedade de absorver calor, provocando a elevação das temperaturas médias do planeta.
http://www6.cptec.inpe.br/~grupoweb/Educacional/MACA_MAG/

Este link do INPE ajudará vc entender melhor o que é e quais são as consequências do efeito estufa.

8) Qual a consequência provável da intensificação do efeito estufa?

A principal consequência é a mudança dos climas de diversas regiões, em função das alterações provocadas na circulação atmosférica. As previsões climáticas apontam catastrofes naturais como: derretimento das calotas de gelo e maior dilatação das águas, levando a uma elevação do nível dos oceanos, o que ausaria grandes danos às cidades litorâneas.

Para entender melhor e de uma forma hilária, veja o vídeo e não esqueça de comentar.



9) Explique o que é chuva ácida e quais são as suas consequências.

Inicialmente, é preciso lembrar que a água da chuva já é naturalmente ácida. Devido à uma pequena quantidade de dióxido de carbono (CO2) dissolvido na atmosfera, a chuva torna-se ligeiramente ácida, atingindo um pH próximo a 5,6. Ela adquire assim um efeito corrosivo para a maioria dos metais, para o calcário e outras substâncias.
Quando não é natural, a chuva ácida é provocada principalmente por fábricas e carros que queimam combustíveis fósseis, como o carvão e o petróleo. Desta poluição um pouco se precipita, depositando-se sobre o solo, árvores, monumentos, etc. Outra parte circula na atmosfera e se mistura com o vapor de água. Passa então a existir o risco da chuva ácida.
A queima de carvão e de combustíveis fósseis e os poluentes industriais lançam dióxido de enxofre e de nitrogênio na atmosfera. Esses gases combinam-se com o hidrogênio presente na atmosfera sob a forma de vapor de água. O resultado são as chuvas ácidas. As águas da chuva, assim como a geada, neve e neblina, ficam carregadas de ácido sulfúrico ou ácido nítrico. Ao caírem na superfície, alteram a composição química do solo e das águas, atingem as cadeias alimentares, destroem florestas e lavouras, atacam estruturas metálicas, monumentos e edificações.( http://educar.sc.usp.br/licenciatura/2000/chuva/formacao.htm )




Formação florestal sem folhas, consequência
da chuva ácida. São chamadas de paliteiros.


Vídeo: A história da coisas.




Pra quem não viu, veja.
E para aqueles que já viram, comente.

sábado, 18 de abril de 2009

Resolução dos exercícios propostos. 1 ano

Pág 512.

1) O que vc entende por poluição?

Essa é uma pergunta pessoal, porém deve ser respondida de acordo com o tema.

Ex: De modo geral é o mesmo que sujar, manchar. Sendo esta um dos mais graves impactos ambientais que ocorre no ar, água e no solo. Esse não é um acontecimento recente, o que nós vemos hj é o seu agravamento.


2) O que é poluição do ar? Quais são as principais fontes desse tipo de poluição?

É o lançamento de toneladas de gases e materiais particulados, muitos deles tóxicos, na atmosfera, tais como: monóxido de carbono, dióxido de carbono, dióxido de enxofre, chumbo, etc. Esses gases dão origem a fenómenos ( de acordo com a nova regra gramatical ) tais como, inversão térmica, chuva ácida, ilha de calor, smog e efeito estufa.
Os principais emissores são os veículos motorizados, as instalações industriais, as centrais termelétricas e nucleares.

3) Quais as soluções apontada para o problema da poluição do ar e dos congestionamentos nos grandes centros urbanos?

São várias e muitas delas ainda não estão em prática.
Investir em transportes coletivos como: metrôs, trens e trólebus (ônibus elétrico)
Incentivar o uso do transporte coletivo e da carona.
Rodízios: onde fica restrito o trânsito de veículos que não estão autorizados a percorrer um certo local aquele dia e horário ( ex: centro de SP, existe uma escala semanal baseado no números das placas ).
Cobrança de pedágios para onde o tráfego é muito intenso.

4) Por que as cidades, sobretudo as grandes, produzem tanto lixo?

Se vc refletir mais sobre o assunto verá que as grandes cidades, como por exemplo megacidades e metrópoles, possuem uma maior população e consequentemente um maior fluxo de serviços e mercadorias, onde há também mais geração de matéria e de energia. Com isso, eles não conseguem criar meios capazes de processar todo esse lixo e então acabam tendo que conviver com esses resíduos acumulados no ar, água e no solo. Causando assim graves problemas como doenças infecto-contagiosas, animais transmissores de doenças, chorume, odor e problemas respiratórios.

5) Qual é o tratamento que deve ser dado ao lixo sólido?

Devemos pensar na seguinte situação: existem resíduos sólidos de variadas origem, como - hospitalar, inorgânico, domiciliar, comercial, industrial e orgânico. Sendo assim, cada um tem o seu modo de tratamento.

Lixo Hospitalar: deve ser acondicionado em um saco branco leitoso e os perfuro-cortantes em um recipeiente de plástico rígido e bem fechado. Após deve ser incinerado ( reduzir a cinzas) porque é altamente perigoso.

Lixo inorgânico, domiciliar, comercial e industrial: deve ser separado e posteriormente reciclado. Caso não tenha como reciclá-lo, ele deve ser deposto no aterro sanitário que esteja de acordo com a normas. ( mais detalhes no site: http://www.lixo.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=144&Itemid=251

Lixo orgânico: pode ser processado por usinas de compostagem para ser usado como adubo ou para a produção de gás metano, que é combustível. http://www.lixo.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=147&Itemid=254.

Outros tipos de resíduos tais como lixo tóxico e radioativo têm suas normas específicas para o tratamento, pois caso contrário, podem causar danos irreversíveis a humanidade e ao ambiente.
http://www.lixo.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=143&Itemid=250

6) Quais problemas podem ser causados pelo acúmulo de lixo no solo?

Em terrenos baldios e no solo, favorece a proliferação de insetos e ratos que causam uma série de doenças. Nos lixões, produz o chorume (caldo escuro e ácido que pode contaminar o lençol freático e o aquifero), produção de gases. Em áreas pobres, há o problema social e sanitário, porque as populações miseráveis vão catar restos de comida para a sua subsistência (esse exemplo pode ser observado nesse filme: http://www.portacurtas.com.br/index.asp

7) Por que a água doce é um recurso escasso? Como é sua distribuíção no planeta?

POrque embora nosso planeta seja formado por 3/4 de água, somente 2,5% é de água doce e desse valor, somente 0,3% é de fácil acesso. Sua distribuíção no planeta é desigual, ou seja, existem regiões que possuem uma grande reserva de água doce ( como é o caso do Brasil) e outras que sofrem com a falta dela ( exemplo, o continente Africano) http://www.planetaorganico.com/aguadisp.htm

Porém, um dos maiores problemas da água doce é a
perda da qualidade. Isso acontece por causa da contaminação dos mananciais. Pra vcs pensarem: como essa água é contaminada?

8) O que vc entende por poluição das águas? Qual seria a solução para esse problema na cidade?

A resposta fica por conta de vcs ... quero saber na sala hein?!!


Abraços

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Fuso horário

Dicas de exercícios de fuso horários:

1- Retirar dos probleminhas os dados principais.
2- Localizar os hemisférios: Norte ou sul; leste ou oeste. Para saber qual hemisfério se trata é necessário observar as linhas imaginárias principais como o EQUADOR ( paralelo) e o GREENWICH ( meridiano). Quando em uma representação elas não estam aparecendo é necessário observar a forma como os graus estão dispostos. EX: se eles aumentam de cima para baixo é sinal de que o hemisfério é o sul e vice-versa e caso os graus estejam aumentando da direita para a esquerda é sinal de que o hem. é oeste e vice-versa.
3- Para saber a localização em graus e a diferença de horas entre um ponto e outro é necessário diminuir ( quando os hemisférios são iguais - oeste/oeste e leste/leste) e somar ( quando os hemisférios são diferentes - oeste/leste e leste/oeste)
4 - Para saber a hora do ponto localizado no hemisfério leste em relação ao que está no oeste é necessário diminuir as horas e de oeste para leste é só somar.
Lembre-se: achar a localização em graus é diferente de achar as horas de cada ponto.

Dados importantes:

A terra posui 360º de circunferência divididos em 24 meridianos o que acarreta um intervalo de 15°, que equivale a 1 hora

360º / 24 = 15º

1 fuso é = a 1 hora

1 minuto( ') = 60 segundos (")

1 hora é = 60 minutos (")

60 minutos = 15º

1º = 4 minutos ( 60' / 15° = 4 )

Observação: Toda vez que houver RESTO na divisão dos graus, deve-se multiplicar por 4 e será encontrado a diferença horária em ".

O Brasil possui 4 fusos horários, todos localizados a oeste de greenwinch.


EX prático:

1) Sabendo que são 10 horas e 30 minutos num local situado a 60ºW(oeste) de Greenwich, que horas seriam num fuso horário a 90°E(leste) de Greenwich?

Dados:

Ponto A : 60º W _ 10:30 minutos
Ponto B: 90º E _ ?

hemisfério diferentes - soma-se

90º + 60º = 150º / 15º= 10 horas de diferente entre o ponto A e o B.

Agora pra eu saber a hora do ponto B, eu somo ou diminuo a diferença entre eles e a hora do ponto A . Como eu quero saber a hora do que está no leste, então eu somo

Resposta: 10:30+ 10 = 20: 30 minutos.

quarta-feira, 25 de março de 2009

A HORA DO PLANETA.



O ato é simbólico, mas a intenção é boa.

Esse ato tem o intuito de fazê-lo PENSAR e REFLETIR sobre vários assuntos, tais como:
O mundo realmente precisa de ajuda, independente de saber quem é o vilão do aquecimento global.
Eu faço parte do mundo e da natureza, portanto eu sou a PRÓPRIA natureza. Resultado disso?!! Eu sou o mais prejudicado e também o mais responsável nesse acontecimento. Por que?! Porque somos reconhecidos como animal racional, ou seja, dotados de RAZÃO, capacidade de pensar e agir conforme o que achamos melhor. O mais interessante é que nós somos os únicos que temos percepção do real problema e mesmo assim temos nos "lixado" pra isso. Os problemas se avolumam em 'nossas portas' e nós queremos sempre esquecê-los. Mas saiba de uma coisa: Isso é impossível. Quanto mais tentamos esquecer, mais eles crescem e se proliferam. Será que essa não seria a hora de tomarmos alguma atitude? Mudarmos de opinião? Ou fazer algo que realmente e faça perceber que " EU SOU UM SER RACIONAL"??????
Vou dar uma dica: não perca tempo perdendo a novela da globo, ou o jornal, o seriado, o desenho, o filme ou qualquer outra coisa que seja, caso esse ato simbólico não te comova a ponto de realmente MUDAR.

OBSERVAÇÃO: Não apague só a luzes, mas também todos os aparelhos eletro eletrônicos ...
assim vc vai estar fazendo o mesmo que o mega empresário da energia elétrica faz com vc ... TE DEIXANDO POBRE ... cobrando preço abusivos ( é a lei do capitalismo - lucro )


Mudando de atitude:

Não basta não acender a lâmpada, mas sim fazer coisas reais.

- Reduzir, Reutilizar, e Reciclar.

- Reduza o consumo de carne, pois a criação animal contribui para o desmatamento, aquecimento global e esgotamento de água.

- Utilize com sabedoria a energia elétrica ... Não desperdice.

- Compre apenas madeira de reflorestamento.

- Procure utilizar menos seu carro, e quando o fizer, procure um carro econômico e mantenha ele bem regulado.

Vou deixar algumas pra vcs sugerirem.....

Atividade 1




Analise os gráficos sobre a dinâmica populacional e explique qual tipo de problema urbanos a charge está representando.
Resp:

terça-feira, 24 de março de 2009

URBANIZAÇÃO

1) O que é cidade?

Segundo a ONU considera-se cidade todo aglomerado com mais de 20 mil habitantes. Porém, em alguns países esse número é menor, como na Espanha-10 mil e na França-2 mil. No Brasil, toda sede de município é conside-rada cidade, independente de sua população.

• Qual a diferença entre cidade e município?

Observação: Existem muitos estudiosos que afirmam ser impossível definir o que é cidade.

2) Sítio Urbano: Onde a cidade foi construída. Pode ser em uma planície, planalto, vale, área litorânea e ou-tros.

3) Cidade Espontânea: aglomerado Urbano que surge naturalmente de pequenos núcleos de povoamento. A maioria das cidades brasileiras.

4) Cidades planejadas: São construídas seguindo projetos previamente concebidos com certa ordenação inter-na e distribuição racional das atividades no espaço por setores (Setor Militar, Setor de Indústria, Setor Hoteleiro etc.).. Ex: BH, Goiânia, Teresina, Aracaju, Brasília e outras.

Hoje as cidades costumam desenvolver várias atividades (comércio, bancos, escolas, mercado financei-ro, etc.), mas algumas são conhecidas por característica principal - função Urbana
Existem cidades religiosas, industriais, administrativas, militares, turísticas, comerciais, universitárias.

• Barbacena possui qual função urbana?

As cidades nos países desenvolvidos.

A revolução industrial foi a grande responsável pelo início da urbanização nos países desenvolvidos e em escala mundial.Houve um grande deslocamento de trabalhadores do campo para a cidade, o que fez aumentar a população urbana e surgir a classe operária(proletariado urbano). Alguns fatores contribuíram para este proces-so:
• A atração exercida pelas cidades (indústrias, emprego, melhores salários, condições de educação e saú-de).
• Mecanização agrícola.
Nos países desenvolvidos a indústria e as atividades terciárias absorveram a Mao de obra vinda do campo, tornando o processo de urbanização mais equilibrado e sem problemas de subemprego e submoradia. Essas cidades cresceram com um planejamento adequado. Eles têm altas taxas de urbanização. Percebe-se que nesses países a população urbana cresce cada vez menos, pois já está estabilizada.

As cidades nos países subdesenvolvidos.

A industrialização e os inúmeros problemas enfrentados pela sua população rural – concentração de ter-ras, desemprego e falta de política adequada – levaram ao grande e rápido crescimento de sua população urba-na. O processo de urbanização dos países subdesenvolvidos começou apenas após a segunda Guerra Mundial e não foi uniforme. Alguns desses países industrializaram-se; outros permanecem predominantemente agrários e com uma população rural bastante expressiva.
As cidades subdesenvolvidas apresentam inúmeros problemas como transito caótico, péssimos e poucos meios de transportes públicos, mendicância e violência. Também possuem periferias mal cuidadas – sem água encanada, pavimentação, luz e transporte. Nessas cidades os setores, secundário e terciário, não são suficiente-mente fortes para oferecer emprego a todos. É grande a proporção das atividades informais (subemprego), co-mo as de vendedores ambulantes, lavadores e guardadores de carros, camelôs, etc. falta de moradia ou seu ele-vado preço faz surgir favelas, cortiços e moradores de rua.

Espaço Urbano

URBANIZAÇÃO DO ESPAÇO MUNDIAL E BRASILEIRO


A urbanização deve ser entendida como um processo que resulta em especial da transferência de pessoas do campo para a cidade, ou seja, crescimento da população urbana em decorrência do êxodo rural. Um espaço pode ser considerado urbanizado, a partir do momento em que o percentual de população urbana for superior a rural.

Sendo assim, podemos dizer que hoje o espaço mundial é predominantemente urbano. Mas isso não foi sempre assim, durante muito tempo à população rural foi superior a urbana, essa mudança se deve em especial, ao processo de industrialização iniciado no século XVIII, que impulsionou o êxodo rural nos locais em que se deu, primeiramente na Inglaterra, que foi o primeiro pais a se industrializar, e depois se expandiu para outros países, como os EUA, França, Alemanha, etc., a maioria desses países hoje já é urbanizada.

Nos países subdesenvolvidos de industrialização tardia, esse processo só começou no século XX, em especial a partir da 2ª Guerra Mundial, e tem se dado até hoje de forma muito acelerada, o que tem se configurado como uma urbanização anômala trazendo uma série de conseqüências indesejadas para o espaço urbano desses países. Atualmente até mesmo os países de industrialização inexpressiva vivem um intenso movimento de urbanização, é o que ocorre em países africanos como a Nigéria.


FATORES QUE CONTRIBUEM COM O ÊXODO RURAL


Existem dois tipos de fatores que contribuem com o êxodo rural, são eles:

a) Repulsivos: são aqueles que expulsam o homem do campo, como a concentração de terras, mecanização da lavoura e a falta de apoio governamental.

b) Atrativos: são aqueles que atraem o homem do campo para as cidades, como a expectativa de emprego, melhores condições de saúde, educação, etc.

Em países subdesenvolvidos como o Brasil, os fatores repulsivos costumam predominar sobre os atrativos, fazendo com que milhares de trabalhadores rurais tenham que deixar o campo em direção das cidades, o que em geral contribui com o aumento dos problemas urbanos na medida em que as cidades não tem estrutura suficiente para receber esses trabalhadores, com isso proliferam-se as favelas, aumenta a violência, faltam empregos, dentre outros problemas.


DIFERENÇAS NO PROCESSO DE URBANIZAÇÃO


Existem diferenças fundamentais no processo de urbanização de países desenvolvidos e subdesenvolvidos, abaixo estão relacionadas algumas delas:


a) Desenvolvidos:


· Urbanização mais antiga ligada em geral a primeira e Segunda revoluções industriais;

· Urbanização mais lenta e num período de tempo mais longo, o que possibilitou ao espaço urbano se estruturar melhor;

· Formação de uma rede urbana mais densa e interligada.


b) Subdesenvolvidos:



· Urbanização mais recente, em especial após a 2ª Guerra mundial;

·Urbanização acelerada e direcionada em muitos momentos para um número reduzido de cidades, o que gerou em alguns países a chamada macrocefalia urbana";

· Existência de uma rede urbana bastante rarefeita e incompleta na maioria dos países.

Obs. Nas metrópoles dos países desenvolvidos os problemas urbanos como violência, transito caótico, etc., também estão presentes.


AGLOMERAÇÕES URBANAS


A expansão da urbanização gerou o aparecimento de várias modalidades de aglomerações urbanas, além de termos que cada vez mais fazem parte de nosso cotidiano, abaixo definiremos algumas dessas modalidades e termos:


a) Rede urbana: Segundo Moreira e Sene (2002), "a rede urbana é formada pelo sistema de cidades, no território de cada país, interligadas umas as outras através dos sistemas de transportes e de comunicações, pelos quais fluem pessoas, mercadorias, informações, etc." Nos países desenvolvidos devido a maior complexidade da economia a rede urbana é mais densa.


b) Hierarquia urbana: Corresponde a influência que exercem as cidades maiores sobre as menores. O IBGE identifica no Brasil a seguinte hierarquia urbana: metrópole nacional, metrópole regional, centro submetropolitano, capital regional e centros locais.


c) Conurbação: Corresponde ao encontro ou junção entre duas ou mais cidades em virtude de seu crescimento horizontal. Em geral esse processo dá origem a formação de regiões metropolitanas.


d) Metrópole: Segundo Coelho e Terra (2001), metrópole seria  à cidade principal ou cidade-mãe, isto é, a cidade que possui os melhores equipamentos urbanos do país (metrópole nacional), ou de uma grande região do país (metrópole regional)". No Brasil cidades como São Paulo e Rio de Janeiro são metrópoles nacionais, e Belém, Manaus, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Salvador, Recife e Fortaleza são metrópoles regionais.


e) Região metropolitana: Corresponde ao conjunto de municípios conurbados a uma metrópole e que desfrutam de infra-estrutura e serviços em comum.


f) Megalópole: Corresponde a conurbação entre duas ou mais metrópoles ou regiões metropolitanas. As principais megalópoles do mundo encontram-se em países desenvolvidos como é o caso da Boswash, localizada no nordeste dos EUA, e que tem como principal cidade Nova Iorque; San San, localizada na costa oeste dos EUA, tendo como principal cidade Los Angeles; Chippits, localizada nos grandes lagos nos EUA; Tokaido, localizada no Japão; e a megalópole européia que inclui áreas de vários países. No Brasil temos a megalópole Rio-São Paulo, localizada no sudeste brasileiro, no vale do Paraíba, incluíndo municípios da região metropolitana das duas grandes cidades, o elo dessa megalópole é a Via Dutra, estrada que interliga as duas cidades principais.


g) Megacidade: Corresponde ao centro urbano com mais de dez milhões de habitantes. Hoje em torno de 21 cidades do mundo podem ser consideradas megacidades, dessas 17 estão em países subdesenvolvidos. No Brasil São Paulo e Rio de Janeiro estão nessa categoria.


h) Técnopolo: Corresponde a uma cidade tecnológica, ou seja, locais onde se desenvolvem pesquisas de ponta. Como exemplo, temos o Vale do Silício na costa oeste dos EUA; Tsukuba, cidade japonesa, dentre outras. No Brasil, temos alguns técnopolos localizados em especial no estado de São Paulo, como Campinas (UNICAMP), São Carlos (UFSCAR), e a própria capital (USP, etc.).


i) Cidade global: são as cidades que polarizam o país todo e servem de elo de ligação entre o país e o resto do mundo, possuem o melhor equipamento urbano do país, além de concentrarem as sedes das instituições que controlam as redes mundiais, como bolsas de valores, corporações bancárias e industriais, companhias de comércio exterior, empresas de serviços financeiros, agências públicas internacionais. As cidades mundiais estão mais associadas ao mercado mundial do que a economia nacional.


j) Desmetropolização: Processo recente associado à diminuição dos fluxos migratórios em direção das metrópoles. Esse processo se deve em especial a chamada desconcentração produtiva, que faz com que empresas em especial indústrias, se retirem dos grandes centros onde os custos de produção são maiores, e se dirijam para cidades de porte médio e pequeno, onde é mais barato produzir, em função de vários fatores como, por exemplo, os incentivos fiscais. Hoje no Brasil cidades como Rio de Janeiro ou São Paulo não são mais aquelas que recebem os maiores fluxos de migrantes, mas sim regiões como interior paulista, o sul do país ou até mesmo o nordeste brasileiro.


k) Verticalização: Processo de crescimento urbano que se manifesta através da proliferação de edifícios. A verticalização demonstra valorização do solo urbano, ou seja, quanto mais verticalizado, mais valorizado.


l) Especulação imobiliária: Os especuladores imobiliários são aqueles proprietários de terrenos baldios no espaço urbano que deixam estes espaços desocupados a espera de valorização. Uma das conseqüências da especulação é a falta de moradias em locais mais bem localizados, fazendo com que as populações de mais baixa renda tenham que viver em áreas distantes do centro (crescimento horizontal), ou em favelas.


m) Condomínios de luxo e favelas: os dois estão aqui juntos, pois são fruto da segregação social e econômica que se vive nas cidades, sendo eles o reflexo espacial dessas. Os condomínios são áreas fechadas muito protegidas e bem estruturadas, onde em geral mora a elite; as favelas são áreas sem infra-estrutura adequada e com graves problemas como o tráfico de drogas, onde grande parte da população está desempregada, e a maioria dela é pobre.

TIPOS DE CIDADES

As cidades podem ser classificadas da seguinte forma:


a) Quanto ao sítio: sítio urbano refere-se ao local no qual está superposta a cidade, sendo assim a classificação quanto ao sítio leva em consideração a questão topográfica. Como exemplo, temos: cidades onde o sítio é uma planície, um planalto, uma montanha, etc.


b) Quanto à situação: situação urbana corresponde à posição que ocupa a cidade em relação aos fatores geográficos. Como exemplo, temos: cidades fluviais, marítimas, entre o litoral e o interior, etc.


c) Quanto à função: função corresponde à atividade principal desenvolvida na cidade. Como exemplo, temos: cidades industriais, comerciais, turísticas, portuárias, etc.


d) Quanto à origem: pode ser classificada de duas formas: planejada e espontânea. Como exemplo, temos: Brasília, cidade planejada e Belém, cidade espontânea.

http://pessoal.educacional.com.br/up/4770001/1306260/t1313.asp

acessado em 06 de março de 2009